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Menino besta cheio de sonhos aprisonado no corpo de um homem sóbrio e cheio de desejos.

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dias tortos

Há dias tortos. Há sim.
Mas há dias sem filas, de semáforos verdes, de chefes amigáveis, de boas manchetes, de ouvir música antiga, receber carta de primo, de comer pão quente e de piada nova. Há dias de não errar o caminho, de gente que não atrasa, de ganhar presente surpresa, de sinusite calma, de não ter sono de dia, de passarinho não cagar no vidro do carro, de não faltar luz, de achar uma coisa perdida, de lhe devolverem um empréstimo e de perdoarem sua dívida. Há dias de não dormir sobre o braço, de achar vaga no shopping, de não encontrar nenhum chato, de garçom atender bem, de achar dinheiro na rua, voltar namoro acabado, de polícia não dar a multa, de internet não dar pau, ser convidado pro almoço, dia de não ter ressaca e dia de não ter ciúmes. Há dias de pele boa, de sapato confortável, de receber aumento sem pedir e de pedir e receber, de ouvir um monte de sims, de certo, ou tá certo, de ouvir eu também acho, dias de ouvir até: Sim, você está certo, eu também acho.
Adoro esses dias. Mas que há dias tortos, há sim.

2 comentários:

Muda a cara, Pojuca disse...

Vi saindo do forno. A expressão da mais pura verdade. Para mim foi um privilégio... abraço Monstro!

Ana disse...

Quero muito revisitar meus dias não-tortos. Eles me fazem imensa falta. Bjs