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Menino besta cheio de sonhos aprisonado no corpo de um homem sóbrio e cheio de desejos.

Escolha a dose.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sonhar, no fim, dói.

   Há quem diga que se deve fantasiar. Criar, imaginar, projetar seus próprios planos num plano, não tão plano na maioria das vezes, mas seus, suas aspirações inconcretas. Neles você é herói ou heroína, tudo é bom e perfeitamente plausível para o seu próprio prazer. Nele você até, irresponsavelmente, se realiza. Sonha, e sonhando, o sonho lhe parece bastar. Mas não basta. Falta o tato. Esse sentido insubstituível, malvado, pretencioso e mordaz lhe deixa faltando um bocado, o bocado do tocar e ser tocado. Aí, e nesse mesmo ai, o sonho vai deixar muito a desejar e de uma forma muito cruel, vai se transformar em ilusão. E, reconhecer que seu sonho não passou de uma ilusão, vai doer acredite.
   Talvez algumas fantasias devam mesmo permanecer no mundo dos sonhos. Não é seguro para elas tentarem viver no mundo real. Algumas, de tão frágeis, nem conseguem respirar aqui fora. Os ares da realidade são por demais densos, frios e poluídos de verdades.
Melhor não tentar viver sorrindo em sonhos.
Melhor não chorar por desilusão.