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Menino besta cheio de sonhos aprisonado no corpo de um homem sóbrio e cheio de desejos.

Escolha a dose.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um cheiro assim.

Não posso olhá-lo, encarar mal consigo, não nos olhos. Não corresponder magoa-o, sei que sim, e não o quero magoar. Já me magoei demais e sei o gosto que tem a mágoa. Mas gosto da sensação de estar perto, que me incomoda, mas faz bem. Gosto de participar da sua vida e nisso me sentir correspondida, de saber o que se passa, de sentir onde se anda e onde se vai chegar mesmo não querendo perguntar como ele passa, onde ele anda e aonde ele quer chegar. Falo e falo como se de nada mais pudesse falar, como quem tenta calar o que não quer ouvir. Antecipo seu tocar em mim, me esquivo, evito, suspiro, o admiro e me admiro de mim mesma ao me ver esquivar. Mas devo sim. Tudo seria muito bom se não fosse assim.
Duas vezes por ano nos abraçamos em parabéns pra você. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo.
Queria que esses abraços não tivessem fim, pois sem fim, fica o cheiro dele em mim.
(e.)

4 comentários:

Angela Carolina disse...

Nossa senhora David! Uie!

Vida... disse...

Não sei se choro ou se estou sorrindo após ler...David!

IMPRENSA ROSA disse...

Eu acho que preciso de abraços, ainda que sejam apenas dois por ano.

Laura Ludmilla disse...

Ainda chorando muito! (só pra constar) Beijos, Pessoinha que eu adoro, tanto e muito.