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Menino besta cheio de sonhos aprisonado no corpo de um homem sóbrio e cheio de desejos.

Escolha a dose.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Quenga

Me traga então suas coxas, estas, as mesmas coxas, marcadas pelas mãos de outros homens. Mostra sua boca amada em tantos outros momentos, exiba o corpo nu que ofertas à varejo com tantos sabores na prateleira, seja você, que faz seu dia de galha em galha, em degraus, qualquer degrau desde que o valha. Vem você que finge, e encena por mim, um amor sem fim, que faz soar rumores, de ter tantos senhores, que má, se mostra ferina, que me vem sempre ladina, vem e me tira a paz e me engane como sempre o faz. Vem, toma meu peito infantil, me toma em mais um ardil, que como hábito, canalha, não falha.
Vou estar aqui, vítima silenciosa, que sem uma idéia maldosa, se curva sem asco ao carrasco. Irei, me darei sem orgulho ou retidão, por nunca te dizer não, te vestir em vestes de altar, a me iludir e a te adornar, com flores e verdades de quem só as tem quem as tem, só para poder amar.

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