Foi pensando ainda em ir que ele parou o seu mundo sem saber para onde queria mesmo continuar caminhando.
Foi no silêncio do não poder se abrir que caíram sobre seus ombros todas as dúvidas.
Nunca orara suplicando cargas mais leves, e sim ombros mais fortes; mas o peso do momento quase o sufocara. E refletia e refletia ao passo que a vida, a dele e de outros, se esvaía.
Fizera amigos, tivera amores e já havia escrito uma história. Morrer não; seria demais acabar assim. Assim só. Assim, só acabar. Como quem se acaba só. Seria um só se acabar. Em si.
Seria preciso tenacidade, perspicácia e gentileza, pois fora na candura que pautara sua vida. Jamais fazer a dor, jamais se justapor, e ao não impor se submeter. Quereria outra vez o bem já impossível.
Sua alma então se fez em silêncio esperando o alarde ao aguardo, relegando aos anjos toda a responsabilidade do seu porvir.
Nada sabia da alma humana, deixando isso aos anjos.
Eles que se tomem de preocupações com tantas almas.
A ele, restaria o dedilhar das letras do viver em cordas de linhas pobres.
Um comentário:
A pior dor dos seres humanos é saber que somos sozinhos. E no final, somos!!
PS: David, adorei o seu comentário no meu post. Até pensei em respondê-lo, mas ficaria muito grande. Mas, só para matar a curiosidade: o meu Davi é sem o d do final. :)
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