E até que estava indo bem. Criara um novo personagem capaz de, quem sabe, matar o que era antes. O novo saberia voar, balas não o machucariam, sua visão veria outras coisas diferentes das coisas que não queria ver mais, teria superpoderes. Não sentiria a dor e saberia sorrir.
A cidade inteira sentiu-se feliz com a mudança. Agora todos estariam seguros, pois ele estaria por ali para protegê-los.
Enfrentar os inimigos ficara fácil. Sentia-se orgulhoso com a nova personagem e sua alegria era contagiante. Tornara-se o que deveria ser.
Mas ainda não era o que queria ser.
Quando tirava a fantasia diante do espelho, para ele mesmo, sua verdadeira identidade não era mais secreta.
3 comentários:
Nus, diante do espelho, só vemos quem somos mas distante está de enxegarmos a qualidade do que somos. Ninguém precisa de fantasia pra ser melhor.
A fantasia não nos faz melhores para nós mesmos, esse é o ponto.
Usar uma fantasia para parecer que somos quem não somos para os outros?
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