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Menino besta cheio de sonhos aprisonado no corpo de um homem sóbrio e cheio de desejos.

Escolha a dose.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Liberdade

Há a inveja dos pássaros sempre sim.
À eles tudo parece mais fácil: Bicar, comer, cantar e pôr, e também, em especial, o tal voar; ai Deus, o invejável voar. Quem nunca o quis? Quem nunca olhou pássaros na mais tenra idade, cheio de inveja, e quis voar? Um voar misto de fugir, de poder ir, de chegar a lugar nenhum sendo todos os lugares apenas um pouso.
Voar como os pássaros; um puro desejo impossível. Apenas plausível e sonhável, e emocionalmente reconfortante nos momentos de dor.
Dor pela dor de saber, que não é como se desejou, pela dor de não ter, em si, a plenitude sonhada, pela dor de nunca ter sentido os planos secretos realizados, por se fazer aceitar, por se fazer tão cotidiano e fugaz, por se negar ao chão pisado e conhecido, por não ter feito alguém feliz, por querer voar; sumir, partir, se justificar. O querer liberdade.
Querer voar não é solução. O buscar sem coragem não resolve nada.
Não se alcança a liberdade buscando a liberdade.
Busque a verdade. A verdade liberta.
A liberdade não é um fim, mas uma conseqüência.
Pare de querer voar.



Um comentário:

IMPRENSA ROSA disse...

Eu não sei se eu quero a verdade, nem se eu quero ser livre. Mas, hoje, especificamente hoje, eu quero voar ...