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Menino besta cheio de sonhos aprisonado no corpo de um homem sóbrio e cheio de desejos.

Escolha a dose.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Finalmente

E se tomaram à varanda, braços dados, ombros colados e no caminho de pétalas ela pisaria distraída como se nada daquele clima a pudesse fazer corar. O corte perfeito do vestido se estenderia até o seu mais longo imaginar, e dela, emanava o cheiro de quem cheira a promessas encabulando as flores e até o próprio cheiro do mar. Cabelos perfeitos, unhas bem feitas, pele lisa e maquiagem absolutamente impecável. Mas nada na sua beleza seria mais importante que sua presença.
Ondas cismavam a romper as notas da orquestra, enquanto perto às velas da mesa, tremeluziam vaga-lumes ensaiados a replicar o ritmo da canção.
Dançaram imediatamente, o vinho que os esperasse. O futuro poderia ficar pra depois, as dúvidas também, e que bem-vindos seriam os sonhos, o simples desejar de que ela fosse nada ou nada tivesse a dizer, e ele, não fosse ninguém. Sem passado, sem nada passado, sem terem passado nada até aquela noite sob aquele céu estrelado naquela varanda.
Giravam e giravam ao som da música e uma nova música ambos escreveriam.
Após jantar, dançar, deitar e acordar sem ter dormido, uma carruagem de promessas os levaria adiante. Renascer, reviver, redescobrir que nunca haviam vivido, apenas existido. A partir dali jamais seriam os mesmos. Seriam plenos, perfeitos, harmônicos.
Cresceriam juntos e juntos ficariam.
-Toma essa chave. Ela abre teu futuro e destranca o meu.


4 comentários:

Luna disse...

quero dançar essa dança.

Luna disse...

quero dançar essa dança.

Erica Vittorazzi disse...

Destrancar o futuro, que metáfora mais linda...

David Sento-Sé disse...

Por vezes a gente se faz em trancas sem perceber Erica.