E lá vem mais uma dessas horas repletas de memórias. É como uma onda enorme, daquelas de arrancar o biquíni, que a gente fica sem ação vendo ela chegar. E o diabo é que, no caso da memória, a gente não tem praia pra onde correr. Não tem lugar seguro. A onda vem e vai arrancar seus pés da areia, te embolar, te virar de cabeça pra baixo e te encher a boca de areia. Então não tente enfrentar que vai ser pior.
A única saída e mergulhar fundo. Bem fundo.
Senta, abre uma garrafa, acende um cigarro e lembra. Deixa a lembrança te preencher por que não tem jeito mesmo.
Aí, só depois de sorrir ou chorar, nada pra superfície e tenta tomar ar.
Pronto passou.
Eu vou passar também e você, bom, você continua me vindo em ondas como essa. Mas vai passar também.
2 comentários:
Perfeito! Como sempre. Que tal vc escrever algo sobre reencontros? Saudades!
ela vai voltar numa onda dessa e você vai estar lá esperando.
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